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Descubra por que as hamburguerias invadiram o comércio de Brasília

A moda que tem tomado o cenário gastronômico do Brasil e de Brasília é a das hamburguerias. Casas temáticas de desenhos animados, opções para vegetarianos e veganos, e burguers regados com queijo raclette fazem parte do mercado brasiliense.

Deko Sadigursky, chef da hamburgueria The Black Beef, entende que a efervescência está relacionada à alta demanda.

“As três comidas mais consumidas no mundo são a pizza, o hambúrguer e o cachorro-quente. É muito raro ver alguém que não goste de um bom sanduíche. Então, quem quer abrir um empreendimento e não tem o mesmo domínio de um chef sobre o assunto, opta pela hamburgueria – é um lugar comum”, afirma Deko.

Na década de 1990, o tipo de empreendimento que começou a fazer sucesso foi o fast-food. A comida rápida e prática chamou a atenção das gerações que trabalhavam muito – e, de certa forma, chegou a representar uma emancipação “tecnológica” do estômago.

Para Deko, esse momento já passou: “Hoje em dia o pessoal tem um nível cultural maior. O cliente quer mais qualidade, insumos de melhor procedência. As hamburguerias do tipo ‘casual diner’ são as que estão aí para suprir essa demanda.”

A casual diner é a hamburgueria que trabalha na contramão dos fast-foods tradicionais: usa louças para servir a comida em vez de descartáveis, trabalha com garçons e tem ambiente o mais aconchegante o possível.

Para se estabelecer nesse mercado, é importante ter uma visão mais de cozinha do que de empresário. Não pode cair no erro de reduzir os custos sem pensar na qualidade do produto.

Saturação do mercado

Gil Guimarães, comandante do Parrilla Burger, alerta: “Essa prática não é sustentável. Vai haver um ajuste natural, o mercado já está mostrando sinais de saturação. Infelizmente, algumas casas vão ter que fechar.”

“O pessoal opta por esse empreendimento também porque requer menos espaço, mas mesmo com as facilidades, é preciso se estabelecer, contar uma história. Só fica de pé quem mostra pro cliente que vale a pena pagar aquele pela comida”, avalia.

Fonte: Metrópoles, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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