Comprador tenta segurar alta e indicador fica estável

No final da semana passada, após reajustar os preços da arroba, os frigoríficos conseguiram comprar um pouco melhor e iniciaram a semana com menor interesse pelas compras. O indicador Esalq/BM&FBovepa boi gordo à vista permaneceu estável sendo cotado a R$ 89,39/@. O indicador a prazo também permaneceu inalterado, com cotação de R$ 90,47/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

A bM&FBovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, com queda em todos os vencimentos. Novembro/08 teve desvalorização de R$ 0,47, fechando a R$ 89,56/@, com 2.355 contratos negociados e 8.596 contratos em aberto. Os contratos com vencimento para dezembro/08 fecharam a R$ 89,78/@, com recuo de R$ 0,69. Janeiro/09 fechou a R$ 88,33/@, com variação negativa de R$ 1,16.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 17/11/08

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/08

Pagando mais pela arroba, os frigoríficos conseguiram alongar suas escalas, mas a oferta ainda é restrita e algumas plantas ainda trabalham com ociosidade. Depois de conseguirem comprar melhor na semana passada, alguns frigoríficos iniciaram a semana fora do mercado ou com compradores menos agressivos, na tentativa de segura novas altas nos preços da arroba do boi gordo.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 7,00 e o dianteiro a R$ 4,50, a ponta de agulha apresentou alta de R$ 0,10, sendo cotada a R$ 4,60. O equivalente físico foi calculado em R$ 85,70/@, alta de 0,23%. O spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 3,70/@, permanecendo abaixo da média dos últimos 12 meses, que é de R$ 8,15/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 704,11/cabeça, queda de R$ 0,07. A relação de troca permanece em 1:2,09.

Mesmo com a recessão – já anunciada nas economias européias e americana – e com a divulgação de bom desempenho no 3º trimestre de 2008, o setor avalia que os próximos períodos trarão resultados positivos, principalmente por causa do efeito cambial nas exportações. Mas, para analistas, os preços em dólar das carnes estão caindo e o câmbio também deve recuar, o que possivelmente trará aperto de margens às companhias.

O presidente do Independência, Roberto Graziano Russo, avalia que a desvalorização do Real, no entanto, vai deixar a carne brasileira mais competitiva no mercado externo e impactar positivamente nos negócios. “Isso pode levar a aumento das exportações nos próximos meses”, analisa Russo.

André Camargo, Equipe BeefPoint