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Como parei de verificar meu telefone e comecei a usá-lo com intenção – Por Josh Spector

Por Josh Spector, criador do FOR THE INTERESTED, uma newsletter com ideias que ajudam a aprender, fazer e se tornar.

Eu sabia que estava fazendo isso demais. Era fácil justificar a verificação de meu telefone constantemente – especialmente desde que comecei a escrever uma newsletter semanal que apresenta uma coleção de ideias valiosas encontradas através de horas de pesquisas na internet e de navegação em minhas redes sociais.

Mas algumas semanas atrás, reconheci que tinha caído em um loop perigoso e que o uso do meu telefone – especialmente o tempo gasto verificando e-mail e redes sociais – estava fora do meu controle. Então, tomei uma atitude sobre isso.

Eu não fiz uma “desintoxicação digital” e abandonei completamente as mídias sociais por um breve período de tempo, porque parece mais como um tratamento temporário do que uma solução real.

Eu poderia me sentir melhor por alguns dias, mas quando voltasse da minha desintoxicação, acho que todo o resto teria voltado ao “normal” – e o normal não estava funcionando para mim.

Em vez disso, decidi mudar meus hábitos de uso do telefone e criar um conjunto simples de regras para limitar os impactos negativos (e amplificar os positivos) de quando e como uso meu telefone.

Assim surgiu um conjunto de orientações para garantir que uso o meu telefone com mais intenção. Estas 10 regras se mostraram relativamente fáceis de seguir e fizeram uma diferença enorme na frequência com que verifico o meu telefone, o que recebo e como me sinto a respeito.

  1. Parei de verificar o meu telefone no meu carro.

Eu nunca verifiquei meu telefone enquanto dirigia, porque isso é super perigoso (e você deve definitivamente parar de fazer isso, seguindo essas regras ou não), mas com esta regra, também proibi a verificação em semáforos, no tráfego pesado, ou a qualquer momento em que estava no meu carro.

Ao implementar esta regra descobri quantas vezes eu realmente estava verificando o meu telefone no carro anteriormente, como era desnecessário, e como isso realmente tornou coisas como estar sentado no trânsito mais frustrantes do que poderiam ser.

  1. Parei de verificar meu telefone durante comerciais de TV.

Odeio comerciais como todo mundo e, às vezes, as mídias sociais parecem que foram inventadas apenas para preencher esses dois minutos de interrupção – não é de se admirar que eu verificava meu telefone a cada intervalo comercial da TV.

Pode parecer inofensivo verificar nosso telefone durante um comercial, mas percebi que não é o caso. Porque quando pegava meu telefone durante um comercial, raramente o colocava de volta quando o programa voltasse – ele capturava a minha atenção a tirava do que eu realmente queria assistir.

Para me ajudar a manter essa regra, implementei outra…

  1. Mantive meu telefone fora do local onde estava quando não estava usando.

Uma coisa engraçada aconteceu quando sentei para assistir TV (ou fazer qualquer coisa) e sabia que não ia usar meu telefone durante aquele tempo – percebi que eu nem mesmo precisava ter meu telefone perto de mim.

Quando assisto TV agora, mantenho meu telefone em uma mesa do outro lado da sala, então nunca estou tentado pegá-lo. Isso porque que a única coisa mais forte do que o fascínio das redes sociais é o fascínio de não se levantar do sofá.

Quanto mais distante meu telefone estiver de mim, menos provável que eu o cheque aleatoriamente. Esta regra ajuda a facilitar o seguimento das outras regras.

Outra regra que ajudou com isso foi…

  1. Desativei todas as notificações.

Essa foi fácil para mimm porque é uma regra que adotei há muito tempo e amei.

Desativei todas as notificações no meu telefone – não há dings quando alguém gosta do meu post no Facebook ou me envia um e-mail.

As notificações são desnecessárias e são um veneno. Se as habilitarmos, estamos pedindo que nossos telefones nos interrompam. Não faça isso.

  1. Escolhi um ponto final para cada sessão de navegação aleatória.

Só porque quero usar o meu telefone com intenção não significa que não posso ter tempo para navegar na internet de forma aleatória.

Eu acredito no valor de “ficar perdido na internet” e continuo fazendo isso. Mas agora, quando pego meu telefone para fazer alguma navegação aleatória, defino um ponto final antes de começar.

Quando decido navegar no Twitter, também decidir fazer isso por apenas 20 minutos, por exemplo. Definir um ponto final protege o meu tempo e garante que um pouco de navegação aleatória não se transforme em um tempo enorme perdido. Mas também cria um espaço para explorar e descobrir coisas.

  1. Parei de verificar meu telefone quando estou na fila.

Você já olhou para as pessoas esperando na fila? Eles estão todos verificando seus telefones.

Não há nada inerentemente errado com isso, mas definitivamente não é um uso intencional do seu telefone. Então, fiz um esforço concertado para parar de fazer isso e descobri que o valor disso supera seja lá o que for que que eu consiga ao verificar o meu telefone enquanto estou na fila.

Seguindo esta regra, envio uma mensagem a mim mesmo de que estou no controle de minha atenção ao contrário de ceder ao meu telefone em qualquer ocasião que tenho um momento livre.

  1. Criei uma estrutura para meu dia com zonas de buffer no início e no final do mesmo.

Se a primeira coisa que faço quando acordo e a última coisa que faço antes de ir dormir é verificar meu telefone, que tipo de mensagem transmite ao meu cérebro sobre o papel do meu telefone na minha vida?

Uma das coisas mais simples que fiz para mudar meus hábitos de uso do telefone foi criar uma zona de buffer (zona tampão ou de amortecimento) – de manhã e à noite – quando eu não uso o meu telefone.

Por mim, não pego meu telefone até que tenha terminado o café da manhã (que normalmente significa pelo menos 30 minutos) e paro de usar meu telefone, pelo menos, uma hora antes de ir dormir.

  1. Coloco meu telefone longe depois de postar algo em mídias sociais.

Depois de postar este artigo, vou ficar tentado a verificar e ver se as pessoas gostaram dele e o compartilharam durante a próxima hora ou duas. O mesmo é verdade para qualquer coisa que eu posto em mídias sociais.

Para reagir a esta atração, fiz uma regra de fazer logo ff depois de postar algo e não verificar o meu telefone por um tempo. É um esforço consciente para evitar ser atraído para o meu telefone em um padrão de uso desnecessário.

Seja quais forem os Likes e compartilhamentos que recebi (dica, dica!), ainda estarão lá quando eu eventualmente verificar novamente – não preciso seguir a ação em tempo real.

  1. Parei de repetir o ciclo de verificar as coisas.

Uma das maiores coisas que eu percebi quando comecei a ser mais intencional com o uso do telefone era um hábito que tinha quando logava pela primeira vez de verificar todas as minhas contas para ver o que havia novo – e, em seguida, fazer o ciclo novamente nelas.

Quando cheguei a verificar alguns endereços de e-mail, minhas contas no Twitter, no Facebook, no Instagram e no Medium, passou tempo suficiente para que eu sentisse o desejo de voltar ao início do ciclo e verificá-los novamente para ver o que havia d novo desde que verifiquei pela última vez.

Obviamente, esse não é um excelente hábito.

Então, criei esta regra, o que significa que faço o ciclo e verifico cada plataforma uma vez por sessão de uso do telefone e quando terminei, terminei.

  1. Reconheci que é um trabalho em andamento.

Uma das razões pelas quais não gosto do conceito de desintoxicação digital completa é porque é um cenário de tudo ou nada – e eu não acredito que seja assim que finalmente criamos uma mudança positiva e duradoura.

Meu esforço para ser mais intencional com meu telefone não foi perfeito, mas me ajudou a começar a fazer mudanças duradouras em meus hábitos.

Como todas as coisas, é um trabalho em andamento e tudo bem. O ponto é seguir na direção certa e aprender ao longo do caminho – e é exatamente o que essas regras me ajudaram a fazer.

Espero que elas o ajudem também.

Por Josh Spector, criador do FOR THE INTERESTED, uma newsletter com ideias que ajudam a aprender, fazer e se tornar, publicado no Medium, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

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