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Com a alta da carne de gado, frango virou o queridinho na mesa dos gaúchos

Conforme dados da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o corte da costela minga, aquela do churrasco do fim de semana, subiu 25,8% nos últimos 12 meses: o quilo saltou de R$ 13,02, em junho de 2014, para R$ 16,38 em junho deste ano. Já o corte patinho da carne de gado subiu 19%: saiu de R$ 19,83 para R$ 23,61. E a carne de gado moída de primeira registrou aumento de 20,2%: saltou de R$ 20,01 para R$ 24,06.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) confirma a tendência, e registra aumento de 18,56% no quilo da carne bovina no mesmo período. É quase o dobro da inflação que, segundo o IBGE, ficou em 9,76% em Porto Alegre.

“É porque a oferta de carne de gado está muito baixa, e as exportações no último ano aumentaram. Por isso, diminuiu a oferta no mercado interno. E agora é época de entressafra, os pastos ficam ruins, e o boi tem que estar confinado. Tudo isso aumenta o custo. Em todas as regiões do país, a carne bovina está aumentado”, explica Irene Maria Machado, gerente de pesquisa do IBGE.

Sendo assim, muitos gaúchos têm procurado outra opção de proteína e o frango, com preço estável nos últimos 12 meses, tem sido o escolhido.

Dono do Açougue Santo Ângelo, no Mercado Público, Rafael Sartori confirma a mudança dos pedidos dos clientes nos últimos três meses. Ele conta que a venda de cortes de gado caiu 20% no período, enquanto a do frango aumentou 10%.

É a mesma percepção do diretor executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Zilmar Moussalle. “O consumo de carne bovina diminuiu 25% nos últimos 90 dias, segundo estudos do Sicadergs. O consumidor não tem dinheiro para pagar, então, opta por outra proteína. Como o frango manteve o preço, virou a preferência no Estado”.

Zilmar destaca que o aumento do preço do boi sofreu uma escalada sem precedentes. Um dos motivos é a abertura (ainda em negociação) do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina in natura brasileira, após 15 anos de restrição por questões sanitárias.

O Rio Grande do Sul é um dos 13 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, livre da febre aftosa e apto a exportar. De olho nos possíveis lucros, os produtores já teriam elevado o preço da carne, conforme Zilmar.

Fonte: Zero Hora, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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