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Cientistas chineses criam “carne bovina mais saudável” com mais Ômega 3

Cientistas chineses criaram gados contendo cinco vezes a quantidade de ácidos graxos Ômega 3, normalmente encontrado na carne, o que poderia ajudar a indústria de carne bovina a competir melhor no futuro com as chamadas formas “mais saudáveis” de proteína, como peixes e nozes.

A equipe da Northwest A & F University e do National Beef Cattle Improvement Centre, ambos em Yangling, província de Shaanxi, implantaram com sucesso um gene nas células fetais de gado Luxi amarelo, uma raça com alto rendimento de carne bovina.

“Fornecemos a primeira evidência de que é possível criar uma nova raça de bovinos com maior valor nutricional em termos de sua composição de ácidos graxos”, disse o Linsen Zan, da Faculdade de Ciência Animal e Tecnologia da Universidade.

O gene fat 1 é instrumental na conversão de ácidos graxos Ômega 6 em Ômega 3. Uma dieta rica em Ômega 3 mostrou ser protetora contra doenças cardíacas, obesidade e outras doenças, mas os níveis desses óleos declinaram em uma dieta rica ocidental nos últimos anos, embora os níveis de Ômega 6 tenham aumentado.

“Qualquer aumento no nosso consumo desses ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) Ômega 3 deve ser uma coisa boa, à medida que eles são de importância considerável em nosso bem-estar”, disse o professor Colin Ratlege, editor chefe do jornal Bio technology Letters, que publicou os detalhes do projeto de pesquisa. “O conselho é comer mais alimentos como óleos de peixes, mas nós não comemos. Sendo assim, obter PUFAs da carne bovina é uma boa ideia para aqueles que não gostam de comer peixe”.

Genes similares foram anteriormente implantados em suínos, gado leiteiro e ovinos por outros grupos internacionais de pesquisa. Entretanto, os cientistas alertaram que os consumidores não serão capazes de abandonar o óleo de fígado de bacalhau em favor da carne bovina ainda, já que ainda é necessário fazer mais pesquisas – de 14 bezerros que foram implantados com o gene, 11 morreram aos quatro meses de idade.

“Falando de forma realista, isso não deve acontecer por um tempo ainda”, disse Ratledge. “A relutância do público no Reino Unido e na Europa em comprar alimentos geneticamente modificados é bem conhecida, mas pode ser diferente na China ou em países do Extremo Oriente”. Os EUA poderiam apresentar menos desafios, já que os consumidores são mais receptivos à ideia de consumir alimentos geneticamente modificados. Um bom exemplo disso é o salmão geneticamente modificado do Chile, que atualmente está disponível nas prateleiras dos supermercados americanos. O produto, rico em Ômega 3, tem um preço premium devido ao seu sabor melhor e benefícios para a saúde.

Fonte: http://www.globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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