A Austrália enfrentará uma maior concorrência no lucrativo mercado de carne bovina quando um acordo entre a União Europeia e a América do Sul for assinado. No entanto, de acordo com especialistas, os produtos de exportação de carne da Austrália diferem daqueles produzidos na América do Sul e, como resultado, o impacto não deverá ser significativo.
A abertura da UE para importar mais produtos agrícolas da América do Sul, especialmente a carne bovina, é uma grande preocupação para os agricultores europeus. A UE aumentou a oferta para importações de 99 mil toneladas de carne bovina da América do Sul com relação à oferta anterior, de 70 mil toneladas, para fechar o negócio.
Os dados do Departamento da Agricultura federal mostram que a Austrália exportou 17.873 toneladas de carne bovina para a UE no ano passado.
O analista sênior de proteínas animais do Rabobank, Angus Gidley-Baird, disse que a Austrália exportou produtos resfriados e de animais alimentados com grãos destinados ao comércio premium na UE, enquanto os países da América do Sul enviaram principalmente carne bovina congelada e significativamente menos carne de animais alimentados com grãos para a UE.
“Então, se este acordo comercial for realizado, haveria mais concorrência, mas não estamos necessariamente competindo diretamente pela mesma participação de mercado”, disse Gidley-Baird.
O analista de mercado, Matt Dalgeish disse que o acordo não afetaria significativamente a Austrália, porque a UE representa uma parcela relativamente pequena das exportações de carne bovina. No entanto, ele disse que o Brexit pode alterar os níveis de exportação, já que “uma vez que o Brexit ocorrer, poderíamos acabar com negócios separados para a UE e para o Reino Unido”.
Fonte: The Weekly Times, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.