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Brasil Foods: retração de 72% no lucro do 2º tri

A BRF-Brasil Foods registrou lucro líquido de R$ 132 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 72% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado ficou em R$ 476 milhões.

A BRF-Brasil Foods registrou lucro líquido de R$ 132 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 72% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado ficou em R$ 476 milhões.

Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Leopoldo Saboya, a retração deve-se ao impacto da variação cambial sobre o resultado financeiro da companhia. No segundo trimestre do ano passado, quando o passivo em dólar de Sadia e Perdigão aproximava-se de R$ 3 bilhões, a Brasil Foods obteve uma receita financeira de R$ 774 milhões, refletindo uma desvalorização de 15% do real em relação à moeda norte-americana.

Já no segundo trimestre deste ano, a empresa obteve um resultado financeiro negativo de R$ 170 milhões. Além da menor variação cambial no intervalo, a exposição do endividamento ao dólar da BRF ao final de junho era de apenas R$ 154 milhões, como reflexo da equalização dos problemas financeiros da Sadia.

Já a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 54% em comparação com o segundo trimestre, atingindo R$ 587 milhões. A margem Ebitda passou de 7,2% para 10,6%. O menor custo de produção, com a queda no preço das commodities como soja e milho (insumos para produção de frango), beneficiou a rentabilidade.

A receita líquida da empresa subiu 5%, para R$ 5,5 bilhões no segundo trimestre. O faturamento no mercado interno subiu 8%, enquanto a receita com exportações permaneceu estável. “O volume de vendas cresceu 10% no mercado externo, o preço médio das exportações subiu 4%, mas o dólar caiu 13%”, explicou Saboya.

O cenário para o segundo semestre é positivo, na avaliação do executivo. Apesar da possibilidade de os preços das commodities apresentarem maior volatilidade no intervalo, a demanda externa mantém uma recuperação gradual e o consumo interno continua avançando. “No médio prazo, a equação de custos vai ser positiva”, afirmou o presidente da Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay.

Fay reafirmou que a empresa mantém a confiança na aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da fusão entre Sadia e Perdigão. “Estamos muito seguros de que a nossa operação é aprovável. Confiamos nos nossos argumentos”, disse.

Segundo ele, a BRF já trabalha na captura de algumas sinergias provenientes da união entre as duas empresas, mas elas ainda são praticamente anuladas pelas despesas geradas pela associação, como contratação de consultorias e integração de sistemas. O Cade já autorizou Sadia e Perdigão a operarem juntas em alguns segmentos, como no mercado externo e em carne in natura no mercado doméstico.

As informações são da BRF Brasil Foods e da Folha Online, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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