Na assembleia de acionistas da JBS, em 1o de setembro, a BNDESPar, detentora de 21,3% do capital da companhia, defenderá que a própria empresa processe seus controladores, os irmãos Joesley e Wesley Batista, pelos prejuízos causados a seu patrimônio em razão dos atos ilícitos confessados no âmbito dos acordos de colaboração premiada e de leniência celebrados com o Ministério Público Federal.
Além dos controladores, o braço de participações do BNDES também entende que a JBS deve processar os ex-administradores Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva, que também fizeram delações.
A BNDESPar ainda vai sugerir a contratação de auditoria externa para quantificar os danos sofridos pela companhia e a identificação de outros eventuais responsáveis pelos prejuízos.
A decisão foi tomada ontem à noite pela diretora da área de mercado de capitais do BNDES, Eliane Lustosa, e as informações foram publicadas no site do banco de fomento. Nos acordos de delação, os irmãos Batista admitiram ter pago R$ 1,1 bilhão em subornos a políticos.
Caso a proposta de abertura de processo seja aprovada, os administradores ainda em exercício – Wesley Batista – terão que se afastar do cargo.
Fonte: Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.