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Argentina dá novo passo para o retorno de sua carne bovina aos EUA

Enquanto os Estados Unidos suspenderam as importações de carne brasileira por questões sanitárias, o Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos (FSIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) acaba de enviar um relatório à Argentina sobre a auditoria realizada pelo país em novembro passado.

O informe do FSIS chegou no dia 12 de junho ao Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina e tem observações positivas de forma geral sobre seu sistema sanitário, frigoríficos e laboratórios de análises de riscos.

Nas próximas semanas, o Senasa enviará uma resposta com comentários e a expectativa é que, depois disso, seja concretizada a abertura do mercado norte-americano para a carne bovina. Se não houver nenhuma demora, uma vez que chegar a contestação argentina ao FSIS, haverá uma publicação em sua página da internet que habilitará formalmente a entrada da carne argentina.

“Ainda que tenhamos um prazo de 60 dias para responder, vamos responder em breve e com base nas observações e medidas corretivas, analisarão a abertura do mercado”, disse uma fonte oficial.

Em 29 de junho de 2015, depois de pouco mais de 14 anos de ter fechado o mercado dos Estados Unidos para a carne fresca argentina, o país reabriu. Quando o Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal (APHIS) informou sobre a reabertura para a Argentina, pensou-se que os primeiros embarques poderiam ser realizados em um prazo de quatro meses. No entanto, passaram quase dois anos. Um fator que demorou o retorno foi que a Argentina não tinha o equipamento necessário para realizar as análises de inocuidade que os Estados Unidos pediam.

O presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Carnes (Ciccra), Miguel Schiariti, disse que o mercado deve se abrir antes do final do ano. Para ele, a importância dos Estados Unidos está em não somente ser mais um mercado para a Argentina, mas sim, poderia levar à abertura de outros destinos, como México e Japão.

Com relação ao Japão, com a última visita do presidente argentino, Mauricio Macri, a esse país, foi colocado em ação um programa de trabalho conjunto que deveria levar a um reconhecimento da Patagônia como livre de febre aftosa sem vacinação. Uma vez que se avance nessa linha, poderão começar a ser realizados embarques de carne bovina e de carne ovina dessa região.

“Se houver avanços com os Estados Unidos, poderíamos estar recuperando a cota de 20.000 toneladas [que o país tinha antes do embargo]”, disse Schiariti.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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