O Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC) defende o avanço nas áreas consideradas ‘livres sem vacinação’, status atingido apenas por Santa Catarina, e justifica que o País tem perdido o acesso aos maiores mercados do setor por este motivo.
Importadores como Japão, Coreia do Sul, Cingapura, México, EUA e Canadá, entre outros, não compram carne resfriada ou congelada de países que ainda usam a vacinação, pois têm dúvidas sobre a ocorrência da aftosa no gado vacinado. Este mercado é avaliado em cerca de US$ 12 bilhões.
Em nome do Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa), o vice-presidente do CNPC, Sebastião Guedes, apresentou um levantamento a especialistas de todo o Mercosul em prol do fim da vacina em regiões como Mato Grosso e Goiás. O estudo aponta que mais de 90% dos pesquisados desejam o fim progressivo da vacinação dos plantéis nacionais até 2020, pois consideram que a aftosa já está praticamente erradicada na maior parte do País e que, sem a vacinação, os pecuaristas poderão expandir as receitas com seus rebanhos e fazer com que se tornem mais competitivos no mercado mundial de carne bovina no chamado “segmento ou circuito não-aftósico”.
Os vizinhos da América do Sul que apresentavam algum risco, como Equador e Bolívia, evoluíram e, segundo o executivo, possuem grande parte de suas áreas sem vacinação.
Fonte: CNPC, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.