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Adubar bem fica caro, mas compensa

Na fazenda Nossa Senhora das Graças, em Caarapó (MS), o pecuarista André Ribeiro Bartocci utiliza o sistema de integração lavoura-pecuária. Como a criação do gado é feita exclusivamente a pasto, ele precisa se programar para a entressafra. "No inverno a proteína das forrageiras cai muito e é preciso manter uma boa média de engorda o ano inteiro."

Na fazenda Nossa Senhora das Graças, em Caarapó (MS), o pecuarista André Ribeiro Bartocci utiliza o sistema de integração lavoura-pecuária. Como a criação do gado é feita exclusivamente a pasto, ele precisa se programar para a entressafra. “No inverno a proteína das forrageiras cai muito e é preciso manter uma boa média de engorda o ano inteiro.”

Por isso, além dos tratos culturais e do investimento na área de pastagem permanente da propriedade, que tem cerca de 3 mil hectares, o pecuarista destina parte da área da lavoura de soja, que é em torno de 600 hectares, para o plantio da pastagem de outono, com o objetivo de complementar a alimentação do rebanho na entressafra.

“Estamos programando plantar 120 hectares de aveia, que é uma boa opção de pastagem para o inverno, e, no restante desta área, milho safrinha”, diz. “O custo de instalação da aveia é muito baixo, por isso compensa.” A pastagem de outono, acredita o pecuarista, é interessante, principalmente em Mato Grosso do Sul, que tem ocorrência de chuvas durante o inverno. Especialmente a aveia, ressalta, que tem bom nível de proteína. “Mas não usamos em larga escala, porque a cultura exige um manejo diferenciado.”

Mas tudo tem um custo. “Manter um pasto de boa qualidade, adubado, não é barato. Mas, se não fizer, os animais deixam de ganhar peso. É preciso analisar o custo-benefício”, diz. Bartocci calcula que o ganho de peso médio do seu rebanho esteja em torno de 500 gramas por dia. Sem os cuidados e o investimento na pastagem, essa média pode cair para até 350 gramas/dia na seca. “É muita coisa. O investimento compensa porque, além de o gado continuar ganhando peso, é possível reduzir o tempo de abate de quatro a seis meses.”

Importante destacar, diz ele, que investir em melhoramento da pastagem também é um estratégia para enfrentar o período seco. “Fazemos, por exemplo, correção da acidez da terra e adubação de reposição, com nitrogênio”, ressalta. O capim de um solo corrigido e fértil, acrescenta, tem a raiz mais profunda. Com isso, a planta tem mais vigor e é mais resistente ao frio e a geadas. “Com bom manejo e estratégia, adubar o pasto é muito seguro.”

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo

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