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Abiec: UE está mais ágil nas habilitações e número de propriedades cadastradas deve crescer rapidamente

A lista de fazendas habilitadas a abater seus animais para atender o mercado de carne bovina da União Européia deverá encerrar 2008 com 700 unidades cadastradas. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Gianetti da Fonseca, para quem a demanda européia pela carne brasileira está aumentando. "Podemos até triplicar o número de propriedades cadastradas porque a Europa está procurando nossa carne e se mostrando disposta a ser ágil nas habilitações´´, disse Gianetti.

A lista de fazendas habilitadas a abater seus animais para atender o mercado de carne bovina da União Européia deverá encerrar 2008 com 700 unidades cadastradas. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Gianetti da Fonseca, para quem a demanda européia pela carne brasileira está aumentando. “Podemos até triplicar o número de propriedades cadastradas porque a Europa está procurando nossa carne e se mostrando disposta a ser ágil nas habilitações´´, disse Gianetti.

A recuperação do mercado europeu é a maior aposta da Abiec para 2009. Segundo Gianetti, o Brasil deixou de exportar em 2008 cerca de 280 mil toneladas de carne para o bloco e a idéia é recuperar pelo menos parte desse volume.

Nesse contexto, a Abiec lamentou as limitações impostas pela União Européia por conta de divergências em relação ao sistema federal de rastreabilidade de bovinos. Berço dos melhores preços e mercado mais lucrativo para os exportadores brasileiros, a UE restringiu, no começo de 2008, a menos de 100 o número de fazendas habilitadas a produzir carne exportável ao bloco, e vem ampliando esse número em doses homeopáticas.

Giannetti da Fonseca lembra que parte das perdas foi compensada pela diversificação de mercados de exportação – países emergentes (inclusive a problemática Rússia) ocupam as nove primeiras posições no ranking dos principais destinos da carne bovina brasileira no exterior. E realça que já há 560 fazendas habilitadas para vender à UE, número que poderá aumentar para 700 até dezembro e pelo menos dobrar no ano que vem. “Estamos recuperando a Europa, que agora quer cadastrar mais fazendas brasileiras”, disse o dirigente.

Apesar do otimismo, as negociações no mês de outubro para a União Européia e para Rússia tiveram uma leve desaceleração, segundo o diretor-executivo da Abiec, Luiz Carlos de Oliveira. Ele explica que isso ocorreu porque ainda não há oferta de animais autorizados a exportar ao bloco. “Falta volume de animais para fechar contratos com a Europa. Apesar de ter aumentado o número de fazendas autorizadas ainda está longe de ser o suficiente para atender esse cliente. Também houve queda dos preços externos, o que tirou um pouco a viabilidade em alguns casos, já que o preço da arroba subiu muito no Brasil e o preço lá fora não estava suficiente para cobrir custos”, explica Oliveira. Por conta desse cenário, segundo ele, os frigoríficos estão utilizando apenas 50% a 60% da sua capacidade instalada.

A ampliação do número de fazendas gaúchas habilitadas a exportar carne para a UE será tema do Congresso Internacional de Pecuária de Corte, nos dias 20 e 21 de novembro, no CIEE. Para Carlos Sperotto, presidente da Farsul, o Estado é discriminado, pois tem 23 propriedades chanceladas e dez vezes esse número de inscritas. “Há uma distribuição não identificada com o zelo que temos no campo.” O secretário da Agricultura, João Machado, também reforçou a importância da rastreabilidade.

As informações são da Agência Estado, Gazeta Mercantil, Valor Econômico e Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Leonardo Montes disse:

    Caro Roberto, venho atraves deste fazer uma certa denuncia, pois você diz que a UE esta mais agil no processo de habilitações de fazenda
    concordo com você, porém acho que vocês não estão a par dos problemas gerados no campo

    Olha o trabalho com certificações em GO e MT, e ja participei de varias auditorias dos tecnicos do ministerio, e até o momento não encontrei um tecnico que analisasse uma propriedade com os mesmo criterios, porem vejo ai uma aberração cometida pelo Mapa. Veja você, nelore (é ne) e normando (é no) é plauzivel de erro de digitação e o que isso irá causar ao bem estar animal e ao fisico do mesmo, porem a tecnica considerou como não conforme, e deu uma punição a certificadora.

    Agora veja você o que eu tenho visto que em minha certificadora de cada 10 auditorias, estão sendo conforme somente 2, isso com todas as falhas dos tecnicos, pois se tem uma normativa e cada um segue um rumo como vamos fazer nossas vistorias para informa-las ao Mapa. Fica dificil saber como trabalhar.

    E falo mais, vocês que trabalham com exportação tem que cobrar mais criterios dos auditores senão vai dar tudo em burros nagua. Estou trabalhando com sisbov desde 2002 e não vislumbro mais nada porque até hoje não achei coerencia da parte do Mapa e dos frigorificos. Se o diferencial acabar, o sisbov vai morrer na praia e o prejuizo vai ser de quem acreditou, nos funcionarios e produtores. Mas fazer o que neste pais ridiculo de governantes.

  2. Gilcler Alcino Sabaini de Souza disse:

    Gostaria de saber se o preço do bovino vai ser influenciado em alguma coisa com a rastreabilidade e aprovação do eras para união européia.

  3. José Batista de Oliveira disse:

    Os Burros, o Mercado e a Rastreabilidade…

    Uma vez, num pequeno e distante vilarejo, apareceu um homem anunciando que compraria burros por R$10,00 cada. Como havia muitos burros na região, os moradores iniciaram a caçada. O homem comprou centenas de burros a R$10,00, e como os moradores diminuíram o esforço na caça, o homem anunciou que pagaria R$ 20,00 por cada burro.

    Os moradores foram novamente à caça, mas logo os burros foram escasseando e os moradores desistiram da busca. A oferta aumentou então para R$ 25,00 e a quantidade de burros ficou tão pequena que já não havia mais interesse em caçá-los. O homem então anunciou que compraria cada burro por R$ 50,00! Como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos burros.

    Na ausência do homem, seu assistente propôs aos moradores: – “Sabem os burros que o homem comprou de vocês? Eu posso vendê-los a vocês a R$ 35,00 cada. Quando o homem voltar da cidade, vocês vendem a ele pelos R$ 50,00 que ele oferece, e ganham uma boa bolada”.

    Os moradores pegaram suas economias e compraram todos os burros do assistente. Os dias se passaram, e eles nunca mais viram nem o homem, nem o seu assistente, somente burros por todos os lados.

    Entendeu agora como funciona o sistema de rastreabilidade no Brasil?

  4. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Quem não acredita em Papai Noel pode ler, aqui mesmo no BeefPoint, o que lhe espera caso acredite nesta conversa fiada:

    “Com a maior oferta de bois dentro das normas exigidas pela UE, os frigoríficos reduziram muito os prêmios pagos pela arroba de animais provenientes de propriedades aptas a exportar para a UE.”

    Veja mais em

    Frigoríficos reduzem prêmios para animais rastreados
    https://beefpoint.com.br/?noticiaID=49387&actA=7&areaID=15&secaoID=155

  5. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Perfeito, José!

    Havia gente que acreditava que iria ganhar R$ 10 a mais por arroba ao se submeter às determinações surreais do ERAS.

    O depoimento emocionado do Alberto Pessina, no artigo, Frigoríficos reduzem prêmios para animais rastreados (https://beefpoint.com.br/?noticiaID=49387&actA=7&areaID=15&secaoID=155), mostrou bem o choque de realidade encontrado pelos que foram iludidos.

    Para que nós pecuaristas consigamos dar um basta a esta empulhação, temos que dar nosso apoio aos deputados Moreira Mendes e Caiado, que propuseram o projeto de lei PL-3514/2008. Veja mais em: http://www.camara.gov.br/sileg/prop_detalhe.asp?id=398521

    SISBOV? Não brinco mais!

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