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20 de março de 2015
Abiec prevê maior exportação de carne bovina em 2015, mas ritmo preocupa
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Abiec: queda nas exportações reflete questões comerciais e problemas na Rússia

O fraco desempenho nas exportações de carne bovina no primeiro bimestre deste ano decorre de questões comerciais e problemas econômicos em grandes importadores, como a Rússia, segundo avaliação da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O presidente da entidade, Antônio Jorge Camardelli, disse que o fato de o carnaval de 2014 ter ocorrido em março conferiu mais dias úteis aos exportadores nos dois primeiros meses do ano passado. Além disso, a Abiec considera que a queda no comparativo anual está relacionada a um desempenho excepcional de vendas no primeiro bimestre de 2014.

“Em dezembro de 2013, a Rússia liberou 25% das cotas de exportação para o ano seguinte”, explica Camardelli, para quem a medida teria ‘inflado’ os resultados do início do ano passado.

Ainda assim, a associação reconhece que houve dificuldades para aumentar o volume embarcado no período. A maior delas foi sentida na Rússia, que passa por uma crise econômica com a desvalorização do petróleo e do rublo.

As exportações de carne bovina desossada e congelada para a Rússia caíram no primeiro bimestre deste ano 58% em volume, para 19,5 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), que contabiliza apenas produto in natura. O produto teve sua participação em faturamento reduzida a 21,8%, de 36,9% em 2014. Apesar do cenário desfavorável, a Abiec espera uma recuperação na demanda russa a partir deste mês.

Hong Kong também registrou desempenho fraco no período, o que está relacionado ao “efeito carnaval”. A província semiautônoma é uma das rotas para o envio de remessas de carne bovina à China continental.

Os números do Mdic mostram avanço de 5,7% no volume comercializado de carne bovina desossada e congelada no primeiro bimestre, produto que corresponde a 37,2% das receitas com exportações à província. Contudo, houve recuo nas categorias de miúdos (-30,6%) e tripas (-40,1%), que equivalem a 14,5% das exportações a Hong Kong.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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