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Abiec prevê receita acumulada de US$ 5,7 bi em 2008

As exportações de carne bovina somaram receita cambial de US$ 4,6 bilhões de janeiro a outubro deste ano, alta de 22% em relação ao mesmo período de 2007, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne). A entidade estima que, no ano, as receitas devem somar US$ 5,7 bilhões.

As exportações de carne bovina somaram receita cambial de US$ 4,6 bilhões de janeiro a outubro deste ano, alta de 22% em relação ao mesmo período de 2007, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne). A entidade estima que, no ano, as receitas devem somar US$ 5,7 bilhões.

Para 2008, Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Abiec, acredita que os embarques renderão, no total, US$ 5,7 bilhões (2,2 milhões de toneladas equivalente-carcaça), ante US$ 5 bilhões previstos no início do ano e os US$ 4,5 bilhões de 2007. Também para o ano que vem a Abiec espera mais abertura nos EUA e crescimentos para países como China, Coréia do Sul e Chile

Em relação ao volume embarcado, houve uma queda de 13% no acumulado deste ano em relação ao ano passado, mas o preço médio cresceu 44,23% na mesma comparação.

O presidente da Abiec, se mostrou otimista com relação ao desempenho do setor no ano que vem. “Fazer previsões do que vai ocorrer no ano que vem depois da crise financeira instalada no mundo é muito arriscado, mas no setor de carne há sinais de boas notícias em 2009”, afirmou.

Tendo em vista a crise financeira irradiada a partir dos Estados Unidos e seus reflexos em diversos países e setores da economia, disse Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Abiec, os resultados foram satisfatórios, “até surpreendentes”. Exceto no caso da Rússia, afirmou, os embarques estão regulares para os principais mercados e os preços seguem firmes. “Até agora não vimos sinais da crise nas estatísticas”, disse ele. Os frigoríficos exportadores comemoraram principalmente a manutenção da tendência de valorização dos cortes embarcados.

“A Europa está sentindo falta da nossa carne. Nossa expectativa é a de que o comércio de carne bovina com a Europa se normalize no ano que vem”, completou.

O presidente da Abiec ressaltou, ainda, que a crise financeira tem funcionado como alerta às autoridades de Bruxelas quanto aos altos subsidios que são despejados na agricultura daquele continente. “Não tem mais porque colocar cerca de US$ 300 bilhões, por ano, na agricultura européia para manter uma vaca nos campos suíços. É uma paisagem muito bonita, mas custa muito caro”, afirmou.

As informações são da Folha Online e do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Luiz Rodolfo Riccelli Galante disse:

    De fato, difícil fazer previsões. Há quem fale até em deflação em alguns mercados. O jeito é aguardar o efeito ´Barak´ no resto do mundo.

    Sobre subsídios na Europa, posso dar meu testemunho ao visitar um produtor de gado Charolês na França, próximo da Suíça. O gado é extremamente precoce, mas muito exigente. Come silagem o ano todo, mesmo no verão. O pasto é cheio de flores, bucólico, lindo de ver, mas não passa de 15cm de altura. Fecham a novilhada em estábulo por até 5 meses (por causa do frio e neve) e gastam uma enormidade de feno, ração, silagem. Vi um monte de fardos de farelo de soja “made in Brazil”, outro monte de máquinas, um exagero. Além do subsídio, conseguem crédito com juros anual de 1,5%, um ano de carência, uma moleza.

    Mostrei revistas de gado Nelore para eles. A sensação é que tem inveja de nós, mas não querem abrir mão da mordomia. Até eu queria viver assim. Não vi nenhuma estrada de terra! Tudo asfaltado. Só que não tem peão. Os caras é que botam a mão na massa. E não tem abate clandestino. Recebem pela qualidade.

    Temos vantagens competitivas enormes, mas como sempre, vivemos num modelo concentrador de renda. E a infra-estrutura então?

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