Abertura do Japão é “último objetivo na inserção internacional” da carne uruguaia

A abertura do Japão para a colocação de carne bovina uruguaia está cada vez mais próxima e os sinais favoráveis, como a compra do frigorífico BPU por parte de uma empresa japonesa e a chegada do vice-ministro de Agricultura japonês ao Uruguai no final de junho levam a um otimismo sobre a habilitação do país asiático.

“Não é o caso de eu fazer o anúncio, porque a autorização não depende de nós”, disse o ministro uruguaio, Tabaré Aguerre. No entanto, ele disse que “o mercado deverá ser habilitado em meados desse ano.”

Ele explicou que, atualmente, estão sendo feitas as negociações de uma etapa de definição política e a aspiração é “alcançar a abertura do mercado” nos próximos meses. Aguerre disse que o Japão é um mercado “importante” e “não temos desvantagens tarifárias com nossos concorrentes”.

Além disso, ele disse que essa conquista seria “meu último objetivo em matéria de inserção internacional competitiva que me propus em 2010”.

Aguerre disse que o primeiro papel do Ministério é conseguir a abertura sanitária no Japão, para depois trabalhar em temas tarifários, que é o mais “complicado”; e a estratégia de “diferenciação”. Ele disse que a diferenciação do produto pode ajudar a superar algumas situações que são difíceis com relação a tarifas.

Ele destacou a necessidade do Uruguai seguir mantendo com inteligência suas vantagens competitivas, que são genética animal, base de produção a pasto, sem hormônios nem antibióticos como promotores de crescimento, altos padrões de segurança e rastreabilidade.

Finalmente, ele disse que em alguns anos deve-se começar a avaliar os diferentes sistemas de produção para aumentar os volumes produzidos e a qualidade das carnes, trabalhando em posicionar o conceito de “preferencialmente a pasto” e não “exclusivamente a pasto”.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.