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Abate de bovinos mato-grossense se recuperou em maio

Abriu a porteira: Depois de ter o um dos piores inícios de ano da história, com o menor volume abatido no 1o quadrimestre dos últimos oito anos, o abate de bovinos mato-grossense se recuperou em mai/17, totalizando 435,54 mil cabeças. Vale lembrar que esse total abatido é também o maior volume desde jan/15, e que, em relação a mai/16, a alta é de 5,25%. Os motivos para a evolução no total abatido são diversos, dentre eles, estão: o gado que ficou “estocado” em abril/17 e entrou na linha de abate em maio/17, o retorno à operação de diversas plantas frigoríficas (necessidade de compor escala), a campanha de vacinação contra aftosa e o início – ainda tímido – do período de estiagem. Dito isto, nota-se que houve um acréscimo na oferta de bovinos, o que influenciou na queda dos preços, apesar de não ser o principal motivo. Para os próximos meses a seca deve “apertar” e quem não tem condições de manter o animal no pasto ou de suplementar, enfrentará dificuldades.

– Pela quinta semana consecutiva, o preço do boi gordo em Mato Grosso registra recuo, desta vez a desvalorização foi de 0,18%, com o boi gordo cotado a R$ 120,76/@.

– Pressionado pelas quedas no mercado do boi gordo, o bezerro de ano recuou 3,54% nesta semana, atingindo o valor médio de R$ 1.065,23/cabeça.

– Com a redução mais acentuada da cotação do boi gordo em São Paulo do que em Mato Grosso, o diferencial de base SP-MT registrou aumento de 1,75 p.p., ficando em – 9,08%.

– O aumento de 53,76% no abate total de bovinos mato-grossenses foi puxado pelo maior volume de machos na linha de abate, visto que esta categoria registrou crescimento de 59,49%, compondo 51,42% do total abatido.

À RECUPERAÇÃO: Um mês após os problemas causados
pela operação Carne Fraca, tem-se observado a volta às compras de alguns países importadores da carne bovina in natura mato-grossense. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no período de maio/17 ante abril/17 houve acréscimo de 35,91% no volume exportado. Dentre os países que expandiram as compras nesse perío- do, estão China + Hong Kong, com 14,91%, Arábia Saudita, com 112,26%, e os Estados Unidos, com 119,79% e seu maior volume importado na história, totalizando 0,79 mil toneladas. Ao se comparar o volume total com o do mesmo período do ano passado, percebe-se uma queda de 12,19%, cerca de 2,41 mil toneladas. Com o dólar operando a patamares mais elevados e o trabalho intenso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para comprovar a eficácia de sua inspeção, o processo de recuperação das exportações tende a continuar.

Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

1 Comment

  1. Sidnei Varanis disse:

    Parabéns pela matéria, muito completa.

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