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AACo alerta sobre impacto da seca no norte da Austrália

A Australian Agricultural Co (AACo) alertou seus acionistas que espera por um impacto negativo na avaliação de seus rebanhos comerciais e de cria, devido às condições de seca disseminadas no norte e ao impacto subsequente no mercado pecuário.

A Australian Agricultural Co (AACo) alertou seus acionistas que espera por um impacto negativo na avaliação de seus rebanhos comerciais e de cria, devido às condições de seca disseminadas no norte e ao impacto subsequente no mercado pecuário.

O início precoce dos abates de gado da AACo nesse ano está claramente ilustrado, à medida que a ausência do clima úmido tradicional em grandes áreas do norte fizeram efeito. A companhia vendeu 41.200 cabeças nos primeiros três meses do ano, comparado com somente 29.600 cabeças no mesmo período do ano anterior, quando segurou o gado o máximo possível para maximizar o ganho de peso diante de grande oferta de pasto.

As comparações para os diferentes grupos de gado entre as vendas no primeiro trimestre de 2013 e as vendas no mesmo trimestre de 2012 (ano anterior entre parênteses) incluem:

Gado terminado a pasto: 9.250 (2.860)

Gado de cria e engorda: 12.000 (1.082)

Exportações de gados vivos: 8.600 (12.500)

O preço médio obtido pela AACo para o gado vendido de janeiro a março desse ano foi de A$ 980 (US$ 1.015,04) por cabeça, 22% a menos que no mesmo período do ano anterior, quando foi de A$ 1.255 (US$ 1.299,88). Os preços das exportações de gado vivo foram de pelo menos 25 centavos (25,89 centavos de dólar) por quilo a menos que no primeiro trimestre do ano anterior.

Nessa atualização trimestral operacional divulgada agora, a AACo ilustrou as atuais condições climáticas em suas terras com um gráfico de chuvas cumulativas (chuvas médias em todas as suas propriedades), que sugeriu que 2013 está atualmente abaixo do mesmo período de 2007 e 2008, ambos anos secos.

O diretor operacional da AACo, Troy Setter, disse que embora as chuvas nas propriedades da companhia desse ano tenham sido desapontadoras, havia mais alimentos para animais, o que permitiu que se enfrentasse melhor a situação. A grande diferença nesse ano é a boa quantidade de alimento com relação a 2008, que foi uma continuação da seca de 2007, registrando muito pouco alimento. A seca desse ano veio após três estações consecutivas excelentes, de forma que há uma grande diferença nas circunstâncias.

Embora a AACo tenha registrado grandes vendas de gado durante os primeiros três meses do ano, isso foi mais devido à estação de manejo do gado ter começado muito mais cedo que o normal, do que uma queda dramática dos estoques. Houve abundância de alimentos e, nesse estágio, não havia planos para vender grandes números de criadores, a não ser aqueles que normalmente seriam vendidos com base na idade e outros critérios. Esse processo começou no meio de janeiro, devido à falta de chuvas, enquanto em um ano mais típico, isso não começaria até mais perto da Pascoa, devido ao piso molhado e ao acesso aos pastos.

A AACo já estava prevendo pesos menores nos abates de gado em 2013 do que tinha visto nos dois anos anteriores. Setter disse que esse ano foi um pouco desapontador à medida que algumas propriedades da companhia tinham, de fato, tido boas chuvas. Por exemplo, a região de South Galway estava em excelente forma, assim com a Goonoo, nas Central Highlands. Essas propriedades estariam abatendo gado mais tarde nesse ano, como o normal, e haveria algumas transferências internas de gado de propriedades mais secas para aquelas que receberam mais chuvas.

A região de Barkly Tableland é uma preocupação para a AACo nas atuais condições de seca, apesar de os sistemas de lagos ainda estarem com água em abundância pelos dois anos úmidos, fornecendo bastante alimento ao redor de seu perímetro. Também houve algumas tempestades úteis isoladas em algumas propriedades da companhia na semana passada e mais chuvas de até 50 mm em algumas partes de Barkly na última quinzena.

O padrão climático atual está afetando os preços do gado doméstico, com o Indicador Oriental de Bovinos Jovens ficando bem abaixo dos níveis de 2012, devido principalmente ao declínio na demanda por gado para re-abastecimento. Os preços também continuam sendo afetados pela suspensão do Governo Federal em 2011 das exportações de gado vivo e pela redução subsequente nas permissões da Indonésia, junto com o impacto adverso do contínuo dólar australiano alto. O gado que seria destinado à Indonésia continua pressionando o mercado doméstico. Todas as categorias de mercado caíram significativamente em valor.

A AACo está monitorando o clima de perto para determinar sua estratégia atual de vendas à medida que o ano se desdobra. Ao reportar as vendas de carne bovina, a atualização operacional revelou que as vendas no primeiro trimestre de carne bovina de animais alimentados com grãos (não Wagyu) chegaram perto de 2.400 toneladas, um enorme aumento com relação às 770 toneladas no mesmo período do ano anterior. Isso poderia ser explicado em parte pelo grande aumento nas colocações em confinamento no final de 2012, à medida que as condições de seca surgiram, junto com grandes números de gado indo para engorda.

O volume de vendas de carne bovina Wagyu para o primeiro trimestre alcançou 1.900 toneladas, levemente a mais que as 1.830 toneladas no ano passado. O preço médio de venda de carne bovina para o primeiro trimestre foi de A$ 8,76 (US$ 9,07) por quilo, menos que os A$ 9 (US$ 9,32) por quilo no mesmo período do ano anterior.

A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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