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108 municípios do Mato Grosso registraram queda nos abates de bovinos

Hora da relação: O milho é um dos principais ingredientes das rações dos bovinos mato-grossenses, e com o início da colheita do milho 2a safra em Mato Grosso o preço do cereal vem registrando consecutivas desvalorizações. Desta forma, isso é favorável para o pecuarista que utiliza este ingrediente na dieta. Para se ter uma ideia, ao analisar-se a relação de troca com o boi gordo, podemos observar que, em abril/17, para comprar uma tonelada de milho o pecuarista dispendeu 2,65 arrobas de boi gordo, esse valor é o menor desde dezembro/15 e 7,48% menor em comparação a março/17. O momento é de oportunidade para os confinadores e também para aqueles que estão com condições de pastos ruins, pois a colheita das 28 milhões de toneladas de milho está apenas no início, e quando este montante estiver de fato no mercado, as cotações podem cair ainda mais.

– O preço do boi gordo manteve-se estável no comparativo semanal, ficando cotado a R$ 125,01/@. Além disso, a arroba da vaca gorda obteve uma desvalorização de 0,71%, ficando cotada a R$ 118,39.
– As negociações para reposição esfriaram nesta semana para algumas categorias, dentre elas, o bezerro de ano, que recuou 0,40%, ficando cotado a R$ 1.111,40/cab.
– O diferencial de base MT-SP aumentou 0,51 p.p. nesta semana, visto que o preço em Mato Grosso se manteve estável e em São Paulo recuou 0,67% no comparativo semanal.
– Todos os equivalentes registraram queda pela segunda semana consecutiva, com destaque para o equivalente físico + couro/sebo, que diminuiu 1,00%.

POR INTEIRO: O Imea demonstrou no último boletim os reflexos da operação Carne Fraca sobre o abate de bovinos no Estado, a diminuição entre março e abril de 2017 no volume de animais abatidos foi de 83,13 mil. Ainda que o impacto sobre o preço tenha se dado em todo o Estado, alguns municípios reduziram o seu abate em proporções mais elevadas. Dos 141 municípios de Mato Grosso houve diminuição no volume abatido em 108, com destaque para Vila Bela da Santíssima Trindade, São José do Xingu, Cáceres, Barra do Bugres e Pedra Preta, que juntos reduzi- ram seus abates em 20,25 mil bovinos no comparativo entre março/17 e abril/17. Como nota-se na tabela ao lado, mesmo em regiões onde não houve férias coletivas ou paralisações por parte dos frigoríficos (oeste, nordeste e médio-norte), o abate de bovinos recuou consideravel- mente, demonstrando assim uma possível efetividade na estratégia de pecuaristas de “segurar gado”.

Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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